A professora conhecida como Bia Barreto fez uma denúncia formal à Delegacia de Combate ao Racismo, acusando a Secretaria de Educação de São Francisco do Conde de racismo institucional e práticas de assédio moral. A educadora afirma estar sendo perseguida e exposta a condições de trabalho que desrespeitam sua saúde e seus direitos legais como servidora pública.
A Professora relatou a devolução arbitrária, desrespeito a laudos médicos e retaliação após se posicionar contra intolerância religiosa na escola.
Segundo Bia, no dia seguinte à publicação de um vídeo em que se manifestava contra um episódio de intolerância religiosa ocorrido em Paramirim, foi surpreendida por um laudo médico que ignorava sua lesão adquirida em acidente de trabalho e determinava seu retorno às atividades sem restrições. “Muito que ‘coincidentemente’, porque o racismo institucional tem suas formas de se fazer coincidência”, declarou.
Apesar de ter retomado o trabalho em 12 de abril de 2024, com limitações físicas e seguindo rigorosamente orientações médicas, Bia relata que, em 3 de abril de 2025, recebeu um e-mail confirmando a decisão pericial. Contudo, antes mesmo de reassumir suas funções, foi informada de que a gestão da escola solicitou sua devolução à Secretaria a mesma gestão contra a qual já havia registrado denúncias anteriores de assédio.
“É lamentável constatar que, enquanto mulher preta que luta constantemente por respeito, equidade e dignidade, sou submetida a decisões arbitrárias que ignoram meus direitos”, afirmou a professora, emocionada.
