A Polícia Federal (PF) identificou mais de 100 codinomes ligados a um esquema de desvio de verbas públicas investigado pela Operação Overclean, que envolve o empresário José Marcos Moura, conhecido como ‘rei do lixo’.
Segundo a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU), o grupo fraudava licitações e superfaturava contratos públicos, movimentando cerca de R$ 1,4 bilhão.
Entre os investigados estão políticos, empresários e servidores liderados por Moura e os irmãos Alex e Fábio Parente, donos da Allpha Pavimentações.
O empresário também teria movimentado R$ 80 milhões em transações suspeitas, segundo o Coaf.
A PF identificou três núcleos de atuação: central (comando do esquema), operacional (execução e lavagem de dinheiro) e informacional, este último com apoio de um agente da própria PF, acusado de vazar informações e ajudar o grupo a esconder provas.
Dessa maneira, o esquema teria atuação em Salvador e Belo Horizonte. Além disso, o ex-secretário de Educação Bruno Barral, citado em conversas interceptadas, é suspeito de favorecer empresas em contratos públicos, mas foi exonerado após ser alvo da operação.