Informações do Jornal Metrópoles apontam que mensagens obtidas pela Polícia Federal (PF) revelaram que o empresário José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, não apenas indicava, mas determinava nomeações de secretários em prefeituras. Em Belo Horizonte (MG), por exemplo, ele interferiu diretamente na escolha do secretariado do então prefeito Fuad Noman, morto em março deste ano.
A troca de mensagens, apreendidas no âmbito da Operação Overclean, mostra Moura negociando cargos com o Prefeito após a eleição municipal de 2024. Inicialmente, o empresário foi oferecido os postos de Combate à Fome e Mobilidade Social, mas insistiu também para controlar a Secretaria de Educação cargo posteriormente ocupado por Bruno Barral, afastado do cargo por ordem do ministro Kassio Nunes Marques, do STF.
A terceira fase da operação, deflagrada no último dia 3 de abril, apura desvios milionários envolvendo emendas parlamentares e teve Moura como um dos principais alvos, por suspeita de obstrução de Justiça.
As revelações escancaram o poder de interferência que Moura exercia nos bastidores das administrações públicas, não apenas sugerindo nomes, mas determinando escolhas em prefeituras influentes e colocando seus escolhidos em cargos que mexem com recursos e contratos.